Com o colapso da União Soviética e das guerras de “libertação nacional”, a dissolução do nacional-desenvolvimentismo (no Brasil), a difusão do neoliberalismo combinado Thatcher-Reagan, a mentalidade yuppie que sufoca os hippies, o discurso do oprimido subsiste unicamente na “aproximação negativa”, desiludida, pessimista, aliás, o discurso progressista perde definitivamente o caráter até mesmo “antipático”, na medida em que deixa também de ser “progressista”. Nesta década se intensifica a aproximação das esferas Culta/Inculta, que se dá numa relação bastante tensionada, como efeito do apagamento da fronteira entre a alta cultura e cultura de massa. :
O Sinal dos tempos, representa a total ausência de Ressocialização, uma vez que nem sabe do que se trata. Ao invés do Sujeito Onisciente do Modernismo, temos os Diversos Sujeitos Inconscientes do Pós-Modernismo, ou almas parciais, ou várias posições descentradas do sujeito, num pós-paganismo que, sem Inconsciente e sem Natureza , isto é, sem ter que prestar conta, gira em falso aos olhos da sociedade, mas não esgota sua rotação. Analisando a perversidade claustrofóbica, sem horizontes para além daquilo que aparentemente se ve , marcada por conflitos mesquinhos e sem grandeza, devido à ausência de um projeto social coletivo e solidário que funcione na pratica e não somente na teoria, ao individualismo oco, à crise da subjetividade pelo fato de se viver no caos social e sem perspectivas de sair do subdesenvolvimento. .