Por volta das 8h30 de sexta-feira, 23, os policiais militares foram informados que o foragido Fábio Júnior Pereira, 28, vulgo “Maloca", que na segunda-feira, 19, escapou do Presídio de Poços, encontrava-se na rua Maracanã, no bairro Dom Bosco, sentado na beirada da calçada e sob suspeita de estar armado.
Após a denúncia, uma equipe de policiais foi para o local e lá fecharam o cerco e abordaram o autor, que de imediato colocou as mãos na cabeça. No momento da abordagem, o PM Fabrício aproximou-se do foragido para algemá-lo. Durante a ação, entraram em luta corporal. O foragido apossou-se da arma de fogo do policial e disparou contra a cabeça do militar.
Após ser atingido na cabeça, ele foi socorrido para a Santa Casa, mas não resistiu ao ferimento e morreu durante o atendimento médico. Os policiais militares e civis saíram à caça do criminoso naquela região, realizando ampla operação de rastreamento. Depois de uma intensa busca, o criminoso foi localizado e preso nas proximidades da Escola Municipal Professor Edir Fraya, no bairro Nova Aurora.
FUGA
Na segunda-feira, 19, por volta das 10h20, os detentos do Presídio local tomavam banho de sol em uma área reservada, onde são observados pelos agentes penitenciários que ficam nas guaritas. Neste momento, “Maloca”, que cumpria pena no artigo 155, sob a acusação de furto, pulou o muro que dá acesso ao Cemitério da Saudade e fugiu tomando rumo ignorado. Desde então, era procurado pela PM.
HISTÓRICO
O PM Fabrício José Menezes Mendes, 26, conhecido pelos companheiro da PM como “Maranhão”, era natural de São Luiz (MA). Ele iniciou a carreira na corporação no dia 24 de abril de 2004 e completaria seis anos como policial neste sábado. O policial foi socorrido, mas morreu durante o atendimento médico, devido a gravidade do ferimento
Na cidade os questionamentos não terminam quanto ao desfecho da Operação Cadeado que culminou com o afastamento do ex-diretor Samoel R Souza e seu adjunto Rodrigo D Teodoro. Porém ambos foram "premiados" com a transferência para Pouso Alegre e Andradas, respectivamente.
Baixo efetivo
Desde que foi deflagrada a Operação apenas os inocentes sofreram sanções por parte da direção prisional. O supervisor de segurança Jeferson Betti e o Assessor de Inteligência Luciano Vieira que colaboraram na Operação Cadeado foram demitidos. Depois a SUAPI tratou de demitir o agente André e a Agente Maristhane, todos prestaram depoimento contra o ex-diretor Samoel e seu adjunto Rodrigo.
A morte do policial militar culminou com o que a Operação Cadeado vinha sinalizando. Existem duas coisas distintas dentro do sistema - o procedimento padrão (que oferece segurança) e a vontade da direção prisional.
O contrato temporário submete os agentes a forte pressão psicológica, porque se não cumprirem a vontade da "direção" acabam no olho da rua - as demissões estão aí para provar essa tese.
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