terça-feira, 5 de julho de 2011

BURRICE É UMA CIÊNCIA?

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho põe a mão no ombro de Churchill e lhe diz em tom paternal: “Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na casa. Isto é imperdoável!! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta”.

Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se iniciava numa carreira tão difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil.
Há tantos Burros no Brasil mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que burrice é uma ciência”.

A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um disfarçável medo de inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do “Elogio da loucura” de Erasmo, de Reterdan, somos forçados a admitir que algumas pessoas precisam fingir de burras se quiserem vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perderem seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras.
Enfim, na medida em que admitiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem seus problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante! Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues:
“Fingi-te de idiota, e terás o céu e a terra” O problema é que os inteligentes gostam de brilhar!!
Que Deus os proteja, então, dos medíocres!

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Meu Deus,

Te agradeço por me dar força e convicção para completar a tarefa que me foi incumbida.

Obrigado por me guiar sem exitar através de muitos obstáculos em meu caminho e por me manter determinado quando o mundo parecia perdido.

Agradeço sua proteção e seus sinais ao longo do caminho.

Obrigado pelo bem que eu possa ter feito e perdão pelo algum mau

"Bendito seja o Senhor, a minha rocha, que treina as minhas mãos para a guerra e os meus dedos para a batalha" Salmo 144