Segundo a PM, após libertar reféns, homem se matou com um tiro no pescoço. "Ele entrou e eu me joguei no chão", disse funcionária.
SÃO PAULO - Um homem armado, identificado como Pedro Jorge Saraiva, 41 anos, invadiu nesta tarde a loja feminina Planet Girls, na rua Professor João de Brito, na região do Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo e fez cerca de quinze funcionários reféns. Durante a negociação com a polícia, o homem, que afirmava que a loja seria responsável pela falência da sua empresa, chegou a libertar alguns reféns, mas acabou se matando após a polícia entrar no local, afirmou o coronel Walmir Martini, responsável pela negociação com o invasor.
O homem chegou à loja em um Meriva cinza, com placa de Poços de Caldas (MG). De acordo com informações da assessora da Planet Girls, que trabalha principalmente com venda de roupas para outras lojas, o homem era um ex-cliente.
Funcionários informaram que ele já foi revendedor de produtos da marca, mas já não negociava mais com a empresa. Em janeiro, ele teria ido até a loja para tentar voltar a trabalhar com a marca, mas foi impedido por seguranças e teria discutido com funcionários.
A Polícia Militar (PM) foi chamada por volta do meio-dia para atender a ocorrência no estabelecimento. Segundo o coronel, durante a negociação, Saraiva disse que a sua vida tinha acabado e não tinha mais motivos para viver. Segundo o coronel, ele também não fez nenhuma revindicação, "só dizia que sua vida tinha acabado."
"Ele entrou e eu me joguei no chão. Estava muito nervosa. Agora só quero ir embora. Foi muito traumático", afirmou Juliana Teodoro, 28 anos, umas das funcionárias da loja que foi feita refém, após prestar depoimento para a polícia e deixar o estabelecimento.
Conforme a PM, após invadir a loja com duas armas, Saraiva deixou a maioria dos funcionários em uma sala no andar superior e se trancou em uma outra sala com apenas uma funcionária. Quando os agentes entraram no estabelecimento, o homem chegou a atirar em um policial, que foi atingido no colete à prova de balas.
Quando policiais da força tática entraram na loja para tentar negociar, ele disparou mais três tiros que pegaram nos escudos balísticos. Um quinto tiro foi dado por Saraiva e atingiu o teto do estabelecimento. A polícia também efetuou disparos, segundo o coronel Walmir para arrombar uma porta do local.
O coronel afirmou que o homem se matou com um tiro no pescoço logo após a funcionária deixar a sala onde estavam. Não há informações se ela teria fugido ou se ele dicidiu libertá-la. Nenhum funcionário ficou ferido e o caso será investigado pelo 15º DP